terça-feira, outubro 31, 2006
quinta-feira, outubro 26, 2006
Trapo 86 - Saudades
Quando a noite chega,
Quando as pessoas envelhecem
As gargalhadas de uma criança
Já não trazem boa disposição.
Escrevo…
Medito? Penso? Ou só descrevo?
Um cheiro característico
Entranha-se pelas narinas…
Ah… esta casa…
As flores secas e os pratos coloridos
Este silêncio
Viver? Morrer? Sobreviver…

Doem-me os músculos,
Sou muito jovem para esta tristeza
Já sou adulta para senti dor…
E chorar…
Baixinho, no intimo do meu ser
Enquanto que ouço,
As gargalhadas de uma criança.
(Marco de Canaveses, 2 de Maio de 2005)
domingo, outubro 22, 2006
Trapo 85 - Sinto(-o)!
bate de forma rítmica e calma, sinto-o!
desfeita,
olho para o tecto.
Ainda sinto o seu cheiro no ar,
imagino o seu olhar,
um olhar castanho,
intenso.
o timbre a sua voz.
Sorrio!
quarta-feira, outubro 11, 2006
Trapo 84 - Sonhei um Ensino Superior
Adormeci!
Adormeci e sonhei...
Sonhei que na minha faculdade os professores viam os alunos como pessoas dotadas de capacidade cognitiva e intelectual, daí que os tratassem como tal;
Lá, nenhum aluno era infantilizado, nem tratado como se não tivesse desenvolvimento mental e psíquico;
Aí, os alunos eram avaliados pelos esforços, pela motivação, nunca pela forma de vestir, nem de se expressar;
Lá, não havia lugar para os preguiçosos e para os que apenas decoravam;
Não havia lugar para os que se esquecem da matéria depois dos exames;
Não havia lugar para aqueles que não estavam interessados;
Não havia lugar para as bisbilhotices, as intrigas e a futilidades nos intervalos.
No ensino superior que eu sonhei os alunos construíam o próprio saber,
delineavam e orientavam os seus conhecimentos...
Aí, os alunos aprendiam a corrigir e melhorar a sua postura enquanto profissionais;
Lá, a relação professor-aluno era próxima, de inter-ajuda e de construção.
Deste sistema saíam pessoas informadas, bem formadas, solícitas, com ética e com conhecimentos...
O despertador tocou.
Eu acordei. Depois da rotina matinal dirigi-me para a universidade.
Pelo caminho pensava como poderia ajudar a tornar este sonho mais real...
quarta-feira, outubro 04, 2006
Trapo 83 - Porque há coisas que unem
Porque há coisas que unem
As pessoas nas suas memórias
E experiências
Mas nenhuma coisa une tanto
Como o mar tão forte e tão calmo... depende...
Porque a memória não é apenas
Uma colecção de lembranças
Mas uma selecção cuidada
Do que mais nos marca
E que esconde também tantas praias
Para lembrar e descobrir ainda...