do fim --> Bocadinhos de Trapos: setembro 2010

segunda-feira, setembro 27, 2010

Trapo 217 - Enfermagem Médico - Cirúrgica

Os que me rodeiam sabem a importância que dou à formação.

Por isso, eis que este ano lectivo, apesar de ainda me encontrar a elaborar a tese de dissertação do Mestrado em Enfermagem, volto a sentar-me nos bancos da escola e começo outra etapa da minha vida: Mestrado Profissionalizante em Enfermagem Médico - Cirúrgica (vulgo especialidade em Médico - Cirúrgica)

"A educação na área da enfermagem visa promover o crescimento de pessoas em todo o seu potencial pessoal e profissional." "Confere competência para a prestação de cuidados especializados, reconhecida pela Ordem dos Enfermeiros, e diploma de curso de pós-licenciatura de especialização em enfermagem"*

*retirado de http://www.porto.ucp.pt/ics

sábado, setembro 18, 2010

Trapo 216 - Aquele lugar só nosso

O tempo passa mesmo depressa.
Tão depressa que eu comecei a procurar casa para ir viver sozinha.

Infelizmente a busca não está a ser nada fácil.
Ou é demasiado pequena,
Ou demasiado velha,
Ou demasiado cara,
Ou demasiado longe.

Queria mesmo ter o meu cantinho,
Sabem aquela sensação de estar naquele lugar que é só nosso,
Que levamos só quem queremos,
E onde acordamos a meio da noite e sabemos que vai estar exactamente como deixamos.

Aquele lugar aconchegante;
Aquele lugar com os nossos pratos, os nossos copos;
Aquele lugar com as mobilias dispostas como nós queremos;
Aquele lugar quente como uma manta quando a chuva cai lá fora.

Em breve vou encontrar esse lugar!

sábado, setembro 11, 2010

Trapo 215 - Ter vs Ser

“Gosto de viver devagar. De saborear o tempo, o fluir vagaroso do tempo nas pequenas coisas, nos pequenos gestos”, diz. “Houve uma altura da minha vida em que não punha sequer data nas cartas, nos textos que escrevia, como se ele não existisse. Aliás, a época do ter, ter pressa, ter bens, ter poder, vai passar. Tudo cansa. As pessoas vão querer outras coisas, outros valores, vão recuperar o ser. Está a surgir uma espécie de fome do solidário, do espiritual, do humano, do afectivo. As pessoas não aguentam o vazio. O vazio fá-las sentir pobres. Há muita pobreza e muito exibicionismo de riqueza à nossa volta, muita barraca, muito pedinte, muito abandonado.”

Matilde Rosa Araújo, 89 anos.