do fim --> Bocadinhos de Trapos: novembro 2010

domingo, novembro 28, 2010

Trapo 223 - Coimbra 2002-2004

A minha saga ortodôntica tem-me feito voltar a Coimbra mais vezes nos últimos tempos. Desde 2002 muita coisa mudou. Quer dizer... Na cidade não vejo grandes diferenças para além dos acessos novos na parte de cima da Rua Elísio de Moura e, claro, do novo fórum e seus devidos acessos. Quem mudou fui eu!

Recordo-me do dia em que fui para Coimbra, em Setembro de 2002. Fui alguns dias antes do resultado das candidaturas porque tinha quase 5 valores a mais do que a média de entrada do último candidato do ano anterior. Por isso saí eu de Moreira de Cónegos, uma terrinha perdida no concelho de Guimarães, rumo à cidade do conhecimento.
Mais do que cidade do conhecimento via Coimbra como um mundo novo, cheia de cultura diferente à qual eu estava habituada, cheia de pessoas novas, cheia de amigos novos que seriam os meus amigos para a vida.
Uma cidade com "hippies" e pessoal com roupas garridas. Uma cidade onde eu fiz teatro e sai à noite vezes e vezes sem conta e com total liberdade. A cidade que me iria proporcionar um quarto só meu decorado com cores e luas. E foi exactamente desta forma que eu vivi e senti Coimbra durante 2 anos. Rodeada de pessoas com quem confraternizava; onde vagueávamos nos edifícios frios e antigos da universidade a experimentar coisas novas e irreverentes para quase todos nós... Era um mundo só meu onde eu vivia como uma personagem de uma história.
Tenho muitas saudades desse tempo. Aprendi a viver com a minha liberdade e independência. Sei também que Coimbra para mim ficou lá. Parada nos anos 2002 -2004, onde ainda todos os dias se pode ver cartazes alusivos às actividade da Capital Nacional de Cultura (Coimbra - 2003).

Agora quando vou a Coimbra já não ando de trolleys; já não ando trajada de sapatos na mão; já não vou para a baixa percorrendo as ruas durante horas e horas.
Agora quando vou a Coimbra faço questão de passar na praça da república, subir a rua e encontrar os estudantes a descer as Monumentais até às cantinas Amarelas. Depois passo debaixo dos arcos, sigo a rua do Jardim Botânico e sorrio com nostalgia ao ver os estudantes a passar. E tão novinhos que parecem...
Depois chego à Rua do Brasil. Estaciono o carro e vou ao dentista. Na volta faço quase toda a Rua do Brasil, sigo para a zona da portagem.
Aí sinto um aperto no peito.

Sigo indicações de A1 Porto. Tudo ficou para trás. Para além do dentista já muito pouco me liga a Coimbra.
Sigo indicações de A1 Porto e dentro de 1hora volto a 2010.

terça-feira, novembro 16, 2010

Trapo 222 - Lei de Murphy

Todos temos uma bolha.
Essa bolha vai insuflando e desinsuflando ao sabor das nossas emoções.

Às vezes a bolha rebenta.
Às vezes a bolha rebenta no sítio errado, na hora errada, pelos motivos errados e junto das pessoas erradas.

Viva a Lei de Murphy!

quinta-feira, novembro 11, 2010

Trapo 221 - Perdida contigo

Acordei.
A minha cama estava excepcionalmente aconchegante e quente hoje.

Acordei e lembrei-me de ti.
Sabes, acho-te mesmo piada!

A chuva caia lá fora.
Lembrei-me da forma como te ris, e da forma como sorris.
E como falas quando estás na brincadeira.
Pensei na tua expressão quando te ris com o coração.
E da expressão do teu olhar quando te enganas ou te atrapalhas...
Lembrei-me de quão meiguinho és, quando queres.
E como pareces sereno quando dormes,
Ri-me quando me ocorreu o nome pelo qual me tratas
E na forma como interages com os outros.
Recordei o brilho dos teus olhos quando algo te agrada.

Perdi-me nos pensamentos contigo, enquanto as gotas caíam.

quinta-feira, novembro 04, 2010

Trapo 220 - Há dias assim

Há dias assim...
Dias de um bom filme, uma boa companhia e um bom Porto!